quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Luvas para quê, né?

Olá pessoas!

Perdi o trem, ontem à noite, para voltar para casa do trabalho e fiquei quase duas horas esperando o próximo. O problema é que em Bad Krozingen nao existe uma estacao de trem e sim uma parada de trem. Nao tem prédio com calefacao, muito menos padaria vendendo sanduíches e cafés nem banquinhas vendendo pao com salsicha ou revistarias. O vivente tem que ficar na rua mesmo, como nas paradas de ônibus em Porto Alegre, esperando pelo "coletivo". Eu estava me sentindo bem no início. Estava bem agasalhado, vestindo uma camista de gola alta, um pulover leve, um mais grosso por cima e um parka que vai até o joelho. Ainda, eu vestia um gorro, cachecol, pois pares de meias e mais a minha super ultra mega hiper majestosa bota (parece que eu calco um tratorzinho em cada pé!). Só que o esperto aqui ainda nao tinha comprando um par de luvas e estava sentado numa banco de metal lendo um livro, com as maos desprotegidas. Moral da história, congelei. As minhas unhas das maos doiam muito. E nao tem bolso que aqueca as maos depois delas estarem geladas. Pelo menos eu estava de gorro e nao perdi as orelhas. Sim, as orelhas ficam geladas também e dói muito. Quando o comboio veio, entrei, tirei as minhas botas e minhas meias e coloquei meus pés na calefacao do trem... Meu vagao estava vazio, entao, nao me intimidei, afinal era uma questao de vida ou morte, para mim. Fiquei lá, aquecendo meus pés e maos até comecar a suar. Cheguei em Freiburg feliz da vida, morrendo de calor. É isso aí, me viro como eu posso!

Marcos.

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