sábado, 30 de julho de 2011

Aniversário em Londres

Olá!

Estamos indo para Londres, amanha de manha cedo, comemorar meus trinta e poucos anos com o meu primo Gustavo e com a Catarine. Vamos a Basel, de novo, e de lá voaremos para a capital inglesa.

Estou ansioso, pois há mais de um ano nao os vejo. Vai ser bom reencontrar alguém da minha família e, principalmente, amigos.

Essa ida a Londres me faz lembrar uma história, em 1996, quando eu e meu primo Daniel, irmao do Gustavo, viajamos para a Inglaterra.

Por uma situacao particular e que nao vem ao caso, meu o Dani e eu nos tornamos muito íntimos da Rainha.
Mantemos contato até hoje (por carta, pois a monarca nao é adepta ao computador).
Mês passado escrevi algumas linhas me desculpando por nao poder ir visitá-la nessa minha visita a Londres, pois darei preferência à companhia do meu primo e da namorada dele. Ela retribui a mensagem com compreensao, claro, me desejou felicidades e disse que me esperaria no Natal. Ela é muito gentil.

Pois bem, deixa eu contar.
Costumávamos sair seguido para jogar sinuca. A Rainha sempre ficava sentada, rodeada de segurancas, com um pint de Guinness na mao e observando o Dani, encantada com a classe e habilidade do meu primo. Nao foi uma nem duas vezes que a vi pedindo para que os segurancas nao ficassem tao próximos dela, que se afastassem, pois muito pertos dela eles tapavam a sua visao e nao era possível para ela ver as tacadas dele.

Lembro também de uma vez (uma entre tantas) que ela se excedeu na cerveja. Na hora de voltar para o Palácio, ela escolheu ir a pé, pois nao queria entrar no carro com medo de ficar mais enjoada. Os segurancas estavam desesperados, pois a velhinha nao se aguentava em pé e todos eles estavam constrangidos em abraca-la, tocá-la e o Daniel, sem cerimônia alguma, agarrou a monarca pela cintura e, a puxando contra o seu corpo falou "Vem cá, vó! Te abraca em mim e vamos voltar caminhando juntos até Buckingham. Levarei a senhora até o portao".
Saíram os dois abracados cantando "God Save The Queen" pelas ruas de Londres e um mar de segurancas (inclusive eu) atrás deles, enlouquecidos e sem saber o que fazer. Os fotógrafos, se refestelando!
Quando a Rainha e o Dani chegaram em frente ao portao do Palácio, o Filipinho estava lá, só de chambre e chinelo, esperando para recebê-la. "De novo, Bebel??", disse ele.

No fim o príncipe nos convidou para tomarmos uma chá no palácio depois que a rainha se recuperasse, como agradecimento. Mas essa é uma outra história...

No outro dia só dava o Dani e a véia nos jornais.

PLEBEU AJUDA RAINHA APÓS NOITADA
 

DESCONHECIDO SOCORRE RAINHA APÓS FESTA EM BAR.
 

PRÍNCIPE PHILIP AGRADECE DESCONHECIDO POR TRAZER RAINHA DE VOLTA PARA CASA.
 

RAINHA BEBE TODAS E PLEBEU PAGA A CONTA

Nao lembro de todas as manchetes.... uma pena.

Deixo aqui umas fotos tiradas na primavera de Freiburg

É isso gente!
Quando eu voltar, continuo com os posts sobre a Grécia!

Beijos,
Marcos.


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Viagem a Rodes, Grécia - Parte V

Olá!

Bom, agora que conheceram um pouco mais da história da ilha, vou contar como foram esses oito dias lá.

1° dia - Saída de Freiburg e Chegada a Rodes - Saímos de Freiburg rumo ao EuroAirport, metade dele construído em Basel, na Suíca, e a outra metade em Mulhouse, na Franca, de ônibus. Há uma empresa que tem um servico de transporte direto da estacao central de ônibus daqui da cidade para o aeroporto. Em menos de uma hora estávamos lá. Chegamos duas horas e meia antes do vôo, despachamos a mala e ficamos passeando pelo prédio. Voaríamos de Air Berlin, considerada, no ano passado, a companhia mais segura do mundo. De bobeira lá, fotografei um aviao com uma mosca gigante desenhada na parte da frente da aeronave e com a palavra "Niki" na cauda e fiquei me perguntando que companhia que escolhera uma mosca, como "símbolo" e ainda acrescentei "Ainda bem que vamos de Air Berlin. Eu nao viajaria numa companhia que ostenta um inseto como marca. Por que um inseto, uma mosca, que é chata e frágil? Por que nao uma ave de rapina ou um pelicano, um ganso ou até um pato?" (puro preconceito meu, claro!). Rá! Dito e feito... tive que embarcar naquele aviao. Já acomodado no meu assento, peguei o encarte que dita as normas de seguranca de vôo e mais uma revista da companhia aérea e percebi que a mesma pertence ao ex campeao mundial de F1, Niki Lauda e que ela e a Air Berlin sao "parceiras".

Vista aérea de uma das ilhas do Dodecaneso
A viagem foi tranquila, fui sentado na janela. Sobrevoamos Sarajevo e Thessaloniki (o maior porto da Grécia) até comecarmos a sobrevoar as ilhas do Dodecaneso. Tentei fazer umas fotos das ilhas. Tenho certeza que eu nao consegui reproduzir na câmera digital a beleza que eu vi. A olho nu, é mil vezes mais bonito, mesmo lá do alto.

Depois de 2h e 40 minutos de viagem, chegamos em Rodes, com mais uma hora de diferenca no fuso horário em relacao à Alemanha. O aeroporto é bem pequeno, bem simples. Placas e sinais escritos em grego e em inglês. Nos dirigimos ao guichê da agência de turismo para pegarmos o papel com a reserva do hotel. Feito isso fomos para o ônibus da agência que nos levaria ao hotel.

O ônibus foi parando de hotel em hotel, largando os passageiros (o vôo estava cheio!) e durante o trajeto deu para ver um pouco da cidade de Rodes, os letreiros de lojas, restaurantes e anúncios do comércio escritos em grego (hoje eu entendo perfeitamente a frase "Para mim, isso é grego!") e levamos uma meia hora até chegarmos no nosso destino, em Kalithéa, na costa leste da ilha, uns 10km distante da cidade de Rodes.
Ainda havia sol depois que nos instalamos em nosso quarto. Nada de especial, simples, mas com um bom chuveiro e cama. A mobília do banheiro era velha e a do quarto nova, com um frigobar vazio. Tínhamos uma aérea com uma mesa e duas cadeiras que dava para o gramado do hotel.

Trocamos de roupa e saímos correndo para vermos o mar e dar um mergulho. Achamos um caminho que levava para a "praia". Era uma enseada com muitas pedras na beira e com a água bem clarinha. Sem chances de tomar banho ali. Ainda assim, molhei meus pés, ao menos. Voltamos para o hotel pouco tempo depois para jantarmos.

A comida era muito ruim, ruim mesmo. Deixa eu explicar (e depois voltarei a esse assunto): tivemos que fazer a reserva com café da manha e janta. A opcao era "meia-pensao", café e janta, ou "tudo incluso", café da manha, almoco, "petiscos" e drinks no bar da piscina e janta. Nao tínhamos a opcao de pagarmos apenas o café da manha. Comemos e fomos num minimercado para comprarmos alguma coisa para beber durante a noite, pois como eu disse, o frigobar estava vazio. Depois disso, ficamos no quarto, lendo o guia que compramos para decidirmos o que faríamos no segundo dia. Escolhemos ir para a praia de Faliráki passar o dia inteiro rolando na areia de um lado para o outro, sem fazermos nada, feito focas gordas, apenas curtindo a praia e o sol. Dormimos.

2° Dia - Praia de Faliráki - Acordamos cedo, tomamos café da manha, horrível, por sinal, mas já esperávamos por isso, pelo que tínhamos visto da janta no dia anterior. Consultamos o horário do ônibus que nos levaria para Faliráki e aprontamos a mochila com toalha, protetor solar, dinheiro, boné, água, etc..
No caminho para pegarmos o ônibus, me dei conta que eu nunca tinha visto uma cidade com tantas locadoras de carro por km² na minha vida. É sério. Em cada esquina, uma locadora de carro; e barato. Tipo, € 60,00 três dias. Ficamos na dúvida em alugar um ou nao. Decidimos nao alugar. Pegamos um ônibus de linha que mais parecia um ônibus intermunicipal, bom, com ar condicionado e tudo.

Em pouco tempo estávamos na praia de Faliráki, antes das 11h. A parada do ônibus era na rua em frente à praia. Fomos caminhando pela areia em direcao aos muitos guarda-sóis, metodicamente colocados lado a lado, num intervalo de espaco calculado com fita métrica, provavelmente. Para cada guarda-sol, havia duas cadeiras (espreguicadeiras). Bem pouca gente na praia, pudemos escolher o lugar que queríamos.
Em seguida veio um senhor simpático nos dizer que deveríamos pagar € 8,00 para passar o dia utilizando as cadeiras e o guarda-sol. Já imaginávamos que de graca nao seria. Pagamos e nos instalamos.
Mais uns minutos e veio um garcom, o qual trabalhava para um dos restaurantes à beira da praia. Muito simpático também, falando em inglês, perguntou se gostaríamos de comer ou beber algo e que estaria à nossa disposicao para o que a gente quisesse e que nao precisaríamos nos incomodar em levantarmos e irmos até o bar.

Praia de Faliráki
Nao aguentei muito tempo sentado e fui para o mar. Como sempre, no início, a água é um pouco gelada, mas depois que o corpo acostuma, uma beleza. A água era bem clarinha, o que permitia ver os pés com água na altura do peito, o mar bem calmo e raso. Achei a água do mar menos salgada do que aí no Brasil, ou pelo menos o sul do Brasil. O clima é seco e quase nao suei, mesmo exposto ao sol. No mais, passamos o dia inteiro lá, da cadeira para água, da água para a cadeira, uma pausa para comer e beber, e mais banho.

No fim do dia, resolvemos caminhar um pouco pela cidade, antes de pegar o ônibu para voltarmos para o hotel, e pude notar muita pouca gente nas ruas, e várias lojas fechadas. É verao, praia (muitas e belas praias), em comparacao com outros destinos, é barato viajar para a Grécia e a ilha é linda e vive hoje do turismo. Achei estranho, bem estranho. Depois de caminharmos um pouco, pegamos o coletivo e voltamos para o hotel.

Decidimos nao encararmos a comida do hotel de novo e seguimos uma placa em frente ao mesmo que dizia "Restaurante New Panorama a 250m". Lá fomos nós. Chegamos em frente ao restaurante (nao tirei fotos, infelizmente) e notamos que era um bom restaurante. Aliás, julgamos pela aparência, primeiramente, claro. Entramos e notamos que havia apenas três mesas ocupadas (mais tarde contei "por cima" de veria haver pelo menos 50 mesas). Sentamos e o dono do restaurante veio nos atender.

Ele logo viu que éramos turistas e que recém tínhamos chegado à ilha, pois nao estávamos muito bronzeados. Nos questionou da onde vínhamos e, acreditem, ouvi da boca dele se eu nao era dinamarquês. Óbvio que essa hipótese remotíssima passou pela cabeca dele por causa da aparência da Bettina e nao da minha. Dissemos as nossas origens e entao descobrimos que ele já tinha morado na Alemanha, em Baden-Württemberg. Ele falava alemao também. Perguntou em que hotel estávamos e afirmou, "Que bom que vocês nao fecharam o pacote com 'tudo incluso'". Perguntamos como ele sabia e o senhor, esperto, respondeu "vocês nao estao usando a pulseira colorida". Ainda assim, retrucamos dizendo que pagamos meia-pensao e que teríamos direito ao jantar, mas decidimos sair para comermos fora. Pois bem, fizemos o pedido e aguardamos vir a comida.

A comida veio, jantamos, e no fim elogiamos a refeicao, pois realmente estava muito boa. Naquela altura, já éramos os únicos clientes no restaurante. Foi entao que, após pedir mais refrigerante, eu resolvi comentar com o dono do restaurante que eu achei que veríamos mais pessoas na praia, na cidade e no estabelecimento dele. Resumindo, para nós, nao parecia alta temporada e emendei "Quando é que comeca, realmente, a alta temporada?". Bah! Ele perguntou se poderia ir buscar a minha Coca-Cola e depois sentar-se conosco à mesa. "Sim, sim. Claro!" respondemos. Ele voltou com o meu refrigerante e na outra mao uma cachaca típica da regiao, feita com anís. Ambas bebidas, cortesia da casa.

Bom, a partir daí, foi possível conhecer um pouco mais da situacao que os comerciantes da ilha enfrentam. Se até aquele momento estávamos longe da realidade dos violentos protestos em Atenas contra as medidas que o governo quer tomar para tentar tirar o país do burcaco, passamos a conhecer a dura realidade das pessoas que vivem na ilha e dependem do comércio que o turismo proporciona para sustentar as suas famílias. Ouvimos muito, mas perguntamos também. A principal reclamacao do dono do restaurante e a justificativa para o seu e outros tantos restaurantes estarem vazios, sao os hotéis e as pessoas que estao lá hospedadas. Como eu disse antes, nao tivemos a opcao de pagarmos somente o café da manha. Tivemos que pagar também a janta. De acordo com o nosso "amigo", isso prende as pessoas aos hotéis. Agora imaginem 80% das reservas nos hotéis em Rodes feitas como "tudo incluso", ou seja, todas as refeicoes e mais salgadinhos e bebidas coloridas já pagas. Soma-se a isso, uma baita de uma piscina, fliperama e internet para as criancas ou adolescentes, mesa de ping-pong, karaokê e sei lá mais o quê. Nao precisa pegar ônibus, alugar carro, caminhar... E, para finalizar, a mudanca de púlbico que tem ido para a ilha. Cada vez mais as pessoas do "leste europeu" vao para lá, o que, segundo nosso interlocutor, contribui para a queda no comércio na ilha (nos últimos 4 anos, mais de 300 restaurantes/lojas fecharam), já que, sempre de acordo com o grego, as pessoas sao menos aculturadas e nao têm interesse de sairem para conhecer os sítios arqueológicos, acrópoles, cidades e nem curiosidade de experimentar a cozinha típica. Se nao saem do hotel, nao consomem.

Sinceramente, nao consigo acreditar que alguém gaste dinheiro para viajar até Rodes (ou qualquer outro lugar que nao conheca), mesmo nao sendo "uma fortuna", para ficar trancafiado em um hotel. Para mim é impensável. Duvidaria bastante do que ele nos relatou se eu nao tivesse ido às praias, em restaurantes e caminhado pelas ruas e também visto o hotel que ficamos com a piscina cheia de gente desde de manha cedo até a hora que a gente voltava dos passeios. Realmente, pela época do ano, achei as praias com pouca gente e o movimento nas lojas em geral, muito baixo. O nosso hotel estava cheio, sempre, inclusive às vezes nao tínhamos onde sentar para tomar aquele maravilhoso café da manha.

Bom, segue o baile: sentimos que o senhor estava muito revoltado com a situacao, uma pessoa amargurada, mas que falava com todo o amor sobre a ilha e as coisas bonitas que há nela. Nos indicou que fôssemos à Kalithéa no dia seguinte. Pagamos a conta e nos despedimos, mas antes de deixarmos o restaurante ele nos convidou para vermos umas fotos dele e das pessoas que já frequentaram o restaurante, entre elas um dos atores que fez o papel de James Bond em algum "007" que eu nao sei, mas antigo e o Telly Savalas, mais conhecido como Kojak.

Finalmente, fomos embora e seguimos o conselho dele para irmos à Kalithéa no dia seguinte.

3° dia - Kalithéa - Acordamos cedo novamente, fomos no restaurante tomar um café de máquina e pegamos uns croissants com gosto de nada. Depois de arrumarmos a mochila deixamos o hotel e fomos para a avenida principal, Rodes-Faliráki, para pegarmos o ônibus que nos levaria até as Termas de Kalithéa. Descemos em cima do morro que separa Kalithéa de Faliráki. Lá de cima pude bater fotos da orla de Faliráki como de outras praias em baías bem pequenas, ao pédo  morro. Depois de caminharmos um pouco, de admirar a paisagem e registrar tudo com a câmera fotográfica, chegamos nas Termas de Kalithéa.


Água brotando das rochas
O poder de cura das águas de Kalithéa era conhecido desde a Grécia Antiga pelas propriedades benéficas da "água vermelha" que brotava das rochas. Desde o tempo da Hexápole Dórica e dos Cavaleiros de Rodes as águas atraiam visitantes de todas as ilhas em volta e da costa da Ásia Menor. As termas eram ponto de encontro de ortodoxos, muculmanos e judeus. Em 1927 o governador da ilha, Mario Lago, tomou a iniciativa de coduzir um estudo sistemático daquela água com o propósito de criar uma moderna clínica hidroterapêutica. As pesquisas foram conduizidas por famosos hidrologistas e médicos. Em dezembro de 1928 o primeiro prédio foi contruído. A construcao era em forma de uma concha que funcionava como um filtro que controlava e regulava a entrada de ar e luz, proporcionando aos visitantes uma sensacao de bem-estar. As águas da Kalithea eram propícias para o tratamento contra artrite, obesidade, diabetes, doencas tropicais, disenteria malária, alergias, asma, cistite e problemas intenstinais.

Depois de muitos anos de negligência e abandono o concelho da cidade de Kalithea e seu prefeito, Iannis Iatridis, tomaram para si a importante tarefa de renovar o Monumento. As Termas de Kalithea foram restauradas com grande esforco e reaberta ao público em 2007.
Recentes estudos científicos confirmaram as propriedade terapêuticas da água e as renomadas nascentes serao, em breve, usadas novamentes com o propósito medicinal.

Após atravessarmos o estacionamento e passarmos o partao de entrada, nos deparamos com um chafariz. Cruzamos os esguixos d'água e paramos em outro portao onde havia uma bilheteria. Pagamos uns poucos e euros e entramos. Na nossa frente, um corredor com colunas e bancos brancos em ambos os lados, ripas de maideira no alto e as plantas vindas dos jardins também em ambos os lados, invadindo o espaco. O chao é decorado com mosaicos em pedras pretas e brancas Ao final desse corredor podíamos avistar a cúpula de uma das rotundas, contruída no nível do mar, mas nao as escadas que nos levaria a outros prédios e à baía.

Foto tirada na margem esquerda da enseada
Chegamos à rotunda e vimos uma grande banheira. Ao fundo uma estoa e nas nas costas a enseada de água cristalina, guarda-sóis e cadeiras milimetricamente arrumadas. À direita de quem chega na enseada há um caminho que leva para um bar/restaurante construído dentro das rochas e, ao lado, uma tenda com um DJ que controla a música. Em frente ao bar, muitas mesas, cadeiras e tendas, para proteger os clientes do sol. Tudo à beira d'água. À esquerda estao as cadeiras de praias e, caminhando mais um pouco acha-se mais um bar, porém menor, e outro DJ. Mais adiante, pedras e o mar. Ainda, seguindo o caminho da direita, chega-se à grande rotunda e a fonte de Eros. Pagamos mais uma vez pelo uso dos equipamentos de praia e nos instalamos. No início, ficamos sentados, só olhando tudo em volta... depois levantamo e fomos no bar almocar. Sentamos numa mesa bem à beira d'água, porém em um nível mais alto. Comemos e voltamos para as nossas cadeiras. Terminei de ler o meu livro (o quarto, desde que eu cheguei na Alemanha) e fui para a água. Nadei, mergulhei, plantei bananeira e tudo. Vi que havia muitas pessoas com esnórquel e óculos de mergulho. Fiquei uma inveja. Queria ver também o que eles viam, ainda mais naquela água tao clara. O mar era bem calmo e com várias pedras bem grande no fundo, onde podíamos nos apoiar ou ficar de pé. Passamos o resto do dia lá, sem fazermos muito esforco.

A fonte de Eros ao centro
Antes de irmos embora, fomos visitar a grande rotunda, onde está a fonte de Eros. A construcao foi toda reformada e está linda. Em volta da área da fonte há uma estoa, reformada também, muito bonita, com o chao todo em mosaicos. De lá, podíamos ver o mar também e as falésias próximas.

Voltamos para o hotel a pé. Idéia minha. Foi uma caminhada um pouco longo, pois tivemos que subir um morro, mas depois, foi tranquilo. Chegamos no hotel, tomamos banho e saímos para jantar.
Antes de dormir, decidimos que iríamos a cidade de Rodos, conhecer a cidade medieval, o porto e tudo mais que houvesse para ver lá.

As fotos dos três primeiros dias estao aqui ou na lista aí do lado direito.
A legenda da primeira foto de cada dia está entre asteriscos para melhor orientacao.

Até mais!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Viagem a Rodes, Grécia - Parte IV

Os Cavaleiros de Rodes

O Período dos Cavaleiros
Os anos em que Rodes foi ocupado pela Ordem dos Cavaleiros de St. John podem ser considerados como o período de maior prosperidade. A Ordem tinha sido fundada como uma Irmandade Filantrópica em Jerusalém, por mercadores de Amalfi, Itália, os quais eram residentes permanentes da Terra Sagrada. Com o tempo e particularmente após 1099, quando as Cruzadas ocuparam Jerusalém, a Ordem ganhou considerável forca e assumiu um caráter militar sob o controle e a autoridade da Igreja.
Depois da captura de Jerusalém, por Saladino, em 1187, os Cavaleiros mudaram a sua base para Acre, no norte da Palestina, depois para Ptelemais e, finalmente, para o Chipre, onde o Rei Henry II cedeu Limassol para a Ordem. Eles permaneceram lá por apenas 18 anos e estabelecaram-se em Rodes em 1309, após superarem a heróica resistência dos habitantes da Ilha.

Os anos de permancência dos Cavaleiros em Rodes foram os mais brilhantes da história da Ordem. Imediatamente após completar o domínio total da ilha, a Ordem dos "Cavaleiros de St. John de Jerusalem", a qual passou a ser chamada de A Ordem dos "Cavaleiros de Rodes", conquistou as ilhas em volta e, por muito tempo, teve sob seu domínio a ilha de Smyrna. Eles permaneceram em Rodes por 213 anos, ou seja, até 1522, quando, em 29 de Dezembro, o último Grande Mestre, Philippe Villiers de L'Isle  teve que entregar a cidade para o Sultao Solimao, O Magnífico. A rendicao ocorreu apenas depois de seis meses do cerco e da dura resistência dos Cavaleiros os quais foram ajudados pelos habitantes Gregos da ilha. Depois da queda de Rodes, os Cavaleiros rumaram para Malta, com a ajuda de Charles V, (Carlos I de Espanha ou Imperador do Sacro Império Romano, Carlos V) e do Papa e a partir de entao foram chamados de os Cavaleiros de Malta.

A Orderm deixou imponentes evidências de seu tempo em Rodes e de seu "toque especial" a qual a cidade ainda mantém em seus impenetráveis muros, seus portoes, as igrejas e os hospitais, os alojamentos e os majestosos palácios.

A Organizacao dos Cavaleiros
A Ordem dos Cavaleiros tinham três categorias de membros:
a) Os "Cavaleiros" com obrigacoes militares: eles nunca excediam 600 em número e tinahm que ser descendentes de famílias nobres;
b) Os "Capelaes", os quais eram os padres e desempenhavam as funcoes religiosas da Ordem;
c) Os "Irmaos Servidores", os quais davam apoio aos Cavaleiros na guerra e na admiistracao, e também atuavam como enfermeiros, tomando conta e tratando dos doentes. Os "Capelaes" e os "Irmaoes Servidores" nao precisavam ter origens nobres, mas eles tinham que ser filhos de homens livres e nao escravos. Seus membros, que vieram de todos os países católicos da Europa, eram organizados dentro dos sete grupos nacionais e linguísticos chamados de Langues (tongues ou "languages") ou, em português, língua ou linguagem.
Eram eles: Provenca, Auvergne, Franca, Itália, Inglaterra, Alemanha e Espanha, a qual, mais tarde, se dividiu em dois, Aragon e Castilla.

Cada Langue, tinha sua própria estalagem junto com o seu líder e seu Conselho. O governo geral era controlado pelo Grande Mestre, eleito para toda a vida, pelos membros da Ordem. Um Conselho, formado por cada líder das Langues, com poderes legislativos e disciplinares o assistia em sua administracao. A língua oficial da Ordem para todos os seus documentos, era o latim, enquanto o francês era usado na comunicacao oral.

A Langue da Franca, a qual seguidamente apoiava as Langues de Provenca e Auvergne, era maioria dentre as demais e, dos 19 Grandes Mestres, os quais governaram Rodes por 213 anos que a Ordem ficou lá, 14 foram franceses.

A Cruz
A cruz de oito pontas, hoje mais conhecida como a Cruz de Malta, é também o símbolo dos Cavaleiros de Rodes e tem origem em Almafi. As oito pontas além de representar as Langues (que passou a ser oito após Espanha se dividir em Aragon e Castilla) representam também as 8 Bem-Aventurancas de Jesus Cristo e a verdade, fé, arrependimento, humildade, justica, piedade, pureza e resistência à perseguicao.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Viagem a Rodes, Grécia - Parte III

O Colosso de Rodes

Como eu escrevi antes, o famoso Colosso de Rodes está conectado ao cerco feito por Dimitrios, The Besieger, para capturar a cidade. Orgulhosos de sua grande vitória, os Rodianos, com os fundos levantados com a venda do equipamento de guerra deixado para trás por Dimitrios, decidiram erguer uma triunfal estátua de seu grande deus, Helios. O trabalho foi assinado por Chares de Lindos, o qual trabalhou durante 12 anos (304 a 292 a.C.) para erguer o monumento.

Imagem mais frequente representando o Colosso de Rodes
Apesar do fato do Colosso ser considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, tanto técnica quanto artisticamente, existe uma falta de informacoes vitais referente à localizacao ocupada pela obra e sua forma.
Foi calculado que a estátua teria 31 metros de altura. É dito também que Chares moldou os membros, feito de bronze, vagarosamente, in loco, com enormes montanhas de terra, indo de baixo para cima, como se estivesse construindo uma casa.
De acordo com uma fonte, o Colosso ficava na entrada do porto fazendo com que as embarcacoes passassem entre suas pernas. Hoje em dia, é quase certo afirmar que a estátua ficava em terra firme, e o provável local seria a cerca do templo de Helios, perto do palácio dos Grandes Mestres.
Porém, esta "maravilha" nao permaneceu em pé mais do que 66 anos. Durante um violento terremoto em 266 a.C. o Colosso se quebreu, na altura dos seus joelhos, e desabou. Os Rodianos, temendo uma maldicao, nao o reergueram e no chao permaneceu, um amontoado de escombros, por séculos. Entretanto, em 643 d.C., quando os Árabes de Moab pilharam a cidade, eles venderam os pedacos da estátua aos mercadores Judeus. A tradicao diz que foi necessário 900 camelos para transportar tudo.

A lenda em torno do Colosso estava tao intimamente ligada a Rodes que, por centenas de anos, os Gregos e os povos do Oeste se referiram aos Rodianos como "Os Colossos" ou "Os Colossenses".

terça-feira, 5 de julho de 2011

Viagem a Rodes, Grécia - Parte II

A História de Rodes

Pré-História
A história da Ilha como a da Grécia inteira comeca nas profundezas dos mitos. Durante este período mítico, a ilha foi ocupada pelos Telchines, uma raca estranha e dito ter sido dotada de poderes mágicos. Por muitos, cosiderados demônios, eles tinham uma grande habilidade em trabalhar com o metal. Eles forjaram a Harp", a temida foice-espada de Chronos e o tridente de Poseidon. Também é dito que eles fizeram as primeiras estátuas em bronze dos deuses Olímpicos. Os Telchines foram expulsos de Rodes pelas Helíades, as criancas de Helios e pela ninfa Rhodos. Os primeiros reais habitantes da ilha, talvez, tenham sidos os Carianos, povo da Ásia Menor. Eles foram seguidos pelos Fenícios, que fizeram de Rodes um importante centro comercial.
Quando o povo Minóico, de Creta, estabeleceu uma colônia própria em terras Rodianas, a ilha ganhou dimensao histórica pela primeira vez no leste do mar Egeu. Por muitos séculos os Minóicos viveram em paz, até novos colonizadores ancorarem por lá. Eram os Aqueus Gregos, de Micenas, Tirinto, Argos e Ática. Após eles terem se etabelecidos em sua nova terra, por volta de 1400 a.C., os Aqueus construiram um poderos estado o qual logo se expandiu para a Ásia Menor. Os Aqueus, por sua vez, foram seguidos, alguns séculos depois, pelos Dórios, que invadiram Rodes e desenvolveram as cidades de Kameiros, Ialissos e Lindos, as quais tornaram-se ricas e poderosas.
Os Rodianos, liderados por Tlepolemos, filho de Herácles, lutaram na Guerra de Tróia com nove navios. Seu léder, entretanto, foi morto em batalha aos pés do muro de Tróia, junto com Sarpidon.
De 1000 a.C até 600 a.C as três maiores cidades na ilha, Kameiros, Ialissos, e, principalmente, Lindos, fundaram muitas colônias nas costas da Ásia Menor, Sicília, Franca e Espanha.

Antiguidade Clássica
As três cidades citadas acima mantiveram suas independentes administracoes, primeiramente, mas mais tarde juntaram-se a outras cidades dórias, Kos, Knidos, Helicarnasso, para formar a Hexápole Dórica, uma liga de seis cidades com caráter político e religioso, na qual teve sua capital no santuário de Apollo Triopios, perto de Knidos.
No 5° e 4° século Rodes caiu sobre a influência dos Persas, porém os mesmos deixaram a ilha quando os gregos travaram uma guerra contra eles e sairam vencedores. Rodes, entao, tornou-se parte da Liga de Delos, sobre a lideranca Ateniana. Mais tarde e durante toda a Guerra do Peloponeso, os Rodianos ficaram, às vezes, sob influência Ateniana, às vezes Espartana.
Enquanto a Guerra do Peloponeso ainda estava em progresso, e por razoes de seguranca, os Rodianos decidiram fundar uma nova cidade, e entao, as três maiores cidades da Ilha juntaram forcas para criar uma nova. Assim, pela iniciativa de Dorieas, filho de Diágoras, campeao olímpico de boxe, a nova capital foi estabelecida na ponta nordeste da ilha e nomeada como Rhodes. Sua fundacao foi em 408 a.C., um marco divisório na história da Ilha.

Período Helenista - Os Anos de Prosperidade
A cidade era bonita como a ilha, com alternâncias de influências entre Atenianos e Espartanos, até o papel da Macedônia em assunto gregos virem à tona. Os Rodianos permitiram que os Macedônicos estabelecessem uma tropa na cidade. Mais tarde, durante o Cerco de Tiro, eles ajudaram Alexandre O Grande, a conquistá-la.
Após o fim do império de Alexandre O Grande, Rodes desenvolveu estreitos lacos políticos e comerciais com os Egípcios Ptolomeus. Isso nao agradou Antigonos, Rei da Síria. Essa relacao, significava, para ele, que Rodes se aliaria ao Egito na guerra que ele estava planejando em declarar mais tarde. Assim, no verao de 305 a.C ele enviou seu filho, Dimitrios Poliorkitis, The Besieger, para capturar a cidade.
Apesar da superioridade numérica do Besieger, os Rodianos resitiram por um ano inteiro e forcaram Dimitrios a ir embora com o seu cerco à cidade. O grande general deixou Rodes sob grande vergonha, deixando todo seu armamento de guerra para trás. Os nativos venderam as armas e equipamentos para construir o famoso Colosso, enorme estátua em bronze do deus Hélios, como um símbolo de gratidao aos deuses.
Após a destruicao de Tiro, Rodes chegou ao seu ápice. O fracasso de Poliorkitis para enfraquecer o poder da Ilha marcou o início de uma nova era para Rodes, até que seu comércio e atividades marítimas atingissem picos que nenhuma cidade nunca tinha atingido antes. Foi colocado em prática o "Código Naval Rodiano", um código de lei internacional, considerado um dos mais importantes documento legais no mundo.

O Período Romano
A intervencao de Roma nos assuntos da Grécia e no leste do mar Mediterrâneo tornou-se cada vez mais clara ao fim do 3° século a.C. Os Rodianos dando o seu melhor para beneficiarem-se da sua nova situacao, mantiveram uma postura amigável em relacao aos Romanos. Porém os Romanos estavam muito mais interessados em limitar os poderes de Rodes e declararam a ilha de Delos, como um porto livre. Isto foi um golpe mortal para o comércio de Rodes. Completamente derrotado, a cidade foi forcada a fazer um acordo, o qual a obrigava ter os mesmos amigos e inimigos de Roma, o que trouxe consequências desastrosas para Rodes. O último golpe veio de Cássio. Depois do assassinato de Júlio César, os Rodianos recusaram-se a ajudá-lo contra os seus inimigos. Enfurecido, Cássio caputrou a cidade em 42 a.C. e a destruiu com grande selvageria e tranferiu para Roma mais de 3 mil obras-primas da arte.

Período Bizantino e a Idade Média
Rodes, como o principal elo comercial entre o leste e o oeste, rapidamente respondeu às novas ideias do Cristianismo. A tradicao diz que St. Paul pregou a nova religiao em Lindos, 58 d.C e que muitos converteram-se ao Cristianismo. No primeiro século d.C Rodes já tinha um arcebisbo, Prochoros.
Após a divisao do Império Romano, Rodes veio a ser a capital da Província Bizantina das Ilhas. A cidade, porém, foi uma vítima da inconstância do Império Bizantino e foi sujeita a frequentes invasoes e destruicoes. Por exemplo, em 620 d.C. foi ocupada pelos Persas, sob o comando de Chosroes. Em 651 os Sarracenos apareceram e em 807 a mesma foi saqueada pela frota do Califa Harun al-Rashid.
Rodes foi novamente roubada, desta vez por piratas, no final do século XII quando Alexios I foi imperador de Bizâncio.
No século XI Rodes comecou a ter contato direto, novamente, com o oeste. Em 1082 os Venezianos receberam uma permissao do imperador para estabelecer uma ponto comercial no porto da cidade. Em 1191, Ricardo, o Coracao de Leao da Inglaterra e o Rei Felipe II da Franca, atracaram na cidade com sua frota para alistar mercenários para as Cruzadas (Terceira Cruzada ou Cruzada do Reis, 1189-1192).
Quando os Cruzados ocuparam Constantinópla, em 1204, um proprietário de terras locais, Leon Gavalas, se declarou o governante de Rodes, com o consentimento Veneziano.
Quando o Império Bizantino retomou o controle de Constantinópla, em 1261, Rodes foi formalmente reintegrada a parte do império mais uma vez, mas na realidade ficou em poder dos almirantes genôveses. Em 1306, um desses almirantes, Vignolo Vignoli, vendeu a Ilha junto com outras duas, Kos e Leros, à Ordem dos Cavaleiros de St. John de Jerusalém, a qual tomou o controle completo de Rodes em 1309, após a violenta oposicao dos Rodianos.
Os Cavaleiros permaneceram na Ilha por 213 anos, até 1522, quando o último Grande Mestre foi forcado a entregar a cidade aos turcos do Sultao Solimao.
A ocupacao Turca em Rodes foi, certemente, o período mais sombrio de sua história. A Ilha estava sob jurisdicao  de Kapudan Pasha (Almirante da Frota), enquanto a cidade foi oficializada como a capital de Vilayet (Província) do Egeu e assento do Governador Geral. Os habitantes gregos foram forcados a deixar a cidade murada e estabelecerem-se do lado de fora da mesma, onde formaram novas comunidades chamadas de "Marasia". Apesar disso, os Turcos nao foram competentes para dominar a Ilha e a populacao turca sempre foi menor que a grega. Os Gregos levaram o comércio com suas próprias maos, enviando seus muitos navios mercantes pela Europa. Durante aquele difícil período de ocupacao estrangeira, muitas cidades, principalmente Lindos, foram capazes de prosperar devido ao comércio de alimentos, vestuário, prata, artigos domésticos, e perfumes. Lindos também se desenvolveu como um centro de indústria leve.

Tempos Modernos
Os Turcos permaneceram em Rodes e no resto do Dodecaneso até 1912. Naquele ano os Italianos, com a ajuda do habitantes Gregos da Ilha, foram capazes de capturar Rodes. No início, os Italianos trataram a populacao com compreensao e os Rodianos tinham esperancas de serem unidos à Grécia rapidamente. Mas com o crescimento do facismo na Itália e políticas expansionistas, aos Rodiaos foi negado o direito de autonomia. Isto levou à uma insurreicao de intensa resistência contra o conquistador estrageiro. Após a derrota do Eixo (Segunda Guerra), Rodes como o restante do Dodecaneso, ficou sob administracao Britânica até o dia 7 de Marco de 1948, quando a bandeira da Grécia foi hasteada sobre o Palácio do Governo.

domingo, 3 de julho de 2011

Viagem a Rodes, Grécia - Parte I

Olá!

Já estou de volta das minhas férias. O tempo voou nos oito dias que passamos na ilha de Rodes, mas valeu muito.

Antes de contar sobre a viagem, deixo algumas curiosidades sobre o local.

Rodes, em português, Rhodes, em inglês, Rhodos em alemao, Ῥόδος em grego ou, traduzindo, Ródos ou Rhódos no grego antigo. 

Origem do nome
Há algumas versoes para o nome da Ilha. A primeira, de acordo com Pindar, poeta grego que viveu por volta dos anos 500 a.C, está conectada ao mito que diz que quando Zeus derrotou os Gigantes, tornando-se o mestre da Terra, ele decidiu dividí-la entre os deuses Olímpicos. Durante esta divisao, Helios, o Deus do Sol, nao estava presente e ninguém lembrou de incluí-lo na partilha, deixando o mais puro dos deuses sem uma terra para ele. Quando Helios voltou, reclamou com Zeus sobre a injustica cometida e ele pediu para que o Pai dos deuses lhe prometesse o primeiro pedaco de terra que surgisse. E, realmente, enquanto ele falava, uma linda ilha comecou a emergir das profundezas do mar azul. Era Rodes. Tomado por felicidade, Helios banhou a ilha com sua própria irradiância e fez dela a ilha mais amada do Mar Egeu.

Outro mito abribui a origem de Rodes ao amor de Helios por Rhodos, filha de Poseidon, o Deus do Mar. Quando Helios a viu, ele ficou completamente apaixonado e fez dela sua esposa. Juntos, tiveram uma filha e sete filhos. De acordo com o mito, um dos seus filhos, Kerkafos, teve três criancas, Kameiros, Ialissos e Lindos, os quais construiram as três maiores cidades na ilha.

Mais duas versoes dizem que o nome da ilha vem da palavra "rosa" em grego ou ainda que Rhodos era uma ninfa.

Reconhecimento
Rodes, A Esmeralda do Mediterrâneo ou A Ilha do Sol, como é chamada, por sua beleza natural e seus tesouros arqueológicos, foi proclamada como patrimônio histórico da humanidade, pela UNESCO.

Geografia
A ilha está situada a sudoeste do mar Egeu e é a maior da regiao e capital de um complexo das 12 maiores ilhas, o Dodecaneso, e mais de 160 outras menores.

Rodes tem uma área de 1400 km², extensao de 78km e largura de 38km, entre seus pontos mais distantes. A linha costeira tem 220km dividida entre praias com areia e falésias íngremes. As montanhas mais altas sao Attavyros (1215 m), Akramytis (825 m) e Profitis Ilias (798 m).

Clima
Rodes tem em média 300 dias de sol ao ano. O sol contínuo e o clima moderado fazem da ilha uma terra adequada para o cultivo da viticultura. O seu clima ótimo, o terreno fértil e a sua posicao geográfica sao as principais razaoes que fizeram a ilha ser densamente povoada desde a antiquidade até o presente. Hoje, Rodes tem mais de 110 mil habitantes e recebe por ano mais de 1,25 milhao de turistas.