segunda-feira, 11 de julho de 2011

Viagem a Rodes, Grécia - Parte IV

Os Cavaleiros de Rodes

O Período dos Cavaleiros
Os anos em que Rodes foi ocupado pela Ordem dos Cavaleiros de St. John podem ser considerados como o período de maior prosperidade. A Ordem tinha sido fundada como uma Irmandade Filantrópica em Jerusalém, por mercadores de Amalfi, Itália, os quais eram residentes permanentes da Terra Sagrada. Com o tempo e particularmente após 1099, quando as Cruzadas ocuparam Jerusalém, a Ordem ganhou considerável forca e assumiu um caráter militar sob o controle e a autoridade da Igreja.
Depois da captura de Jerusalém, por Saladino, em 1187, os Cavaleiros mudaram a sua base para Acre, no norte da Palestina, depois para Ptelemais e, finalmente, para o Chipre, onde o Rei Henry II cedeu Limassol para a Ordem. Eles permaneceram lá por apenas 18 anos e estabelecaram-se em Rodes em 1309, após superarem a heróica resistência dos habitantes da Ilha.

Os anos de permancência dos Cavaleiros em Rodes foram os mais brilhantes da história da Ordem. Imediatamente após completar o domínio total da ilha, a Ordem dos "Cavaleiros de St. John de Jerusalem", a qual passou a ser chamada de A Ordem dos "Cavaleiros de Rodes", conquistou as ilhas em volta e, por muito tempo, teve sob seu domínio a ilha de Smyrna. Eles permaneceram em Rodes por 213 anos, ou seja, até 1522, quando, em 29 de Dezembro, o último Grande Mestre, Philippe Villiers de L'Isle  teve que entregar a cidade para o Sultao Solimao, O Magnífico. A rendicao ocorreu apenas depois de seis meses do cerco e da dura resistência dos Cavaleiros os quais foram ajudados pelos habitantes Gregos da ilha. Depois da queda de Rodes, os Cavaleiros rumaram para Malta, com a ajuda de Charles V, (Carlos I de Espanha ou Imperador do Sacro Império Romano, Carlos V) e do Papa e a partir de entao foram chamados de os Cavaleiros de Malta.

A Orderm deixou imponentes evidências de seu tempo em Rodes e de seu "toque especial" a qual a cidade ainda mantém em seus impenetráveis muros, seus portoes, as igrejas e os hospitais, os alojamentos e os majestosos palácios.

A Organizacao dos Cavaleiros
A Ordem dos Cavaleiros tinham três categorias de membros:
a) Os "Cavaleiros" com obrigacoes militares: eles nunca excediam 600 em número e tinahm que ser descendentes de famílias nobres;
b) Os "Capelaes", os quais eram os padres e desempenhavam as funcoes religiosas da Ordem;
c) Os "Irmaos Servidores", os quais davam apoio aos Cavaleiros na guerra e na admiistracao, e também atuavam como enfermeiros, tomando conta e tratando dos doentes. Os "Capelaes" e os "Irmaoes Servidores" nao precisavam ter origens nobres, mas eles tinham que ser filhos de homens livres e nao escravos. Seus membros, que vieram de todos os países católicos da Europa, eram organizados dentro dos sete grupos nacionais e linguísticos chamados de Langues (tongues ou "languages") ou, em português, língua ou linguagem.
Eram eles: Provenca, Auvergne, Franca, Itália, Inglaterra, Alemanha e Espanha, a qual, mais tarde, se dividiu em dois, Aragon e Castilla.

Cada Langue, tinha sua própria estalagem junto com o seu líder e seu Conselho. O governo geral era controlado pelo Grande Mestre, eleito para toda a vida, pelos membros da Ordem. Um Conselho, formado por cada líder das Langues, com poderes legislativos e disciplinares o assistia em sua administracao. A língua oficial da Ordem para todos os seus documentos, era o latim, enquanto o francês era usado na comunicacao oral.

A Langue da Franca, a qual seguidamente apoiava as Langues de Provenca e Auvergne, era maioria dentre as demais e, dos 19 Grandes Mestres, os quais governaram Rodes por 213 anos que a Ordem ficou lá, 14 foram franceses.

A Cruz
A cruz de oito pontas, hoje mais conhecida como a Cruz de Malta, é também o símbolo dos Cavaleiros de Rodes e tem origem em Almafi. As oito pontas além de representar as Langues (que passou a ser oito após Espanha se dividir em Aragon e Castilla) representam também as 8 Bem-Aventurancas de Jesus Cristo e a verdade, fé, arrependimento, humildade, justica, piedade, pureza e resistência à perseguicao.

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