quinta-feira, 10 de março de 2011

Música nas Escolas

Olá!

Foi com muita satisfacao que eu recebi um link de uma matéria (abaixo) do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, a qual traz a informacao de que a Lei de Diretrizes e Bases na Educacao foi alterada*, tornando o ensino de música obrigatório (tinha sido retirado do currículo escolar nos anos 70) na formacao fundamental e média dos alunos a partir desse ano. Me alegrei mais ainda, pela reportagem trazer minha tia, Katia Renner, Mestre em educacao e licenciatura em Música, como entrevistada.

No meu 1° grau, no Colégio Joao XXIII, na Orfanatrófio, no Alto Teresópolis, estudei música, matéria obrigatória, acredito eu por opcao da instituicao de ensino. Tínhamos "música", estudo teórico do objeto, e "flauta", quando tínhamos a possibilidade de praticarmos o que aprendíamos na teoria. Quem sabe aí foi a porta de entrada para a minha paixao pela música hoje, independentemente do estilo de música que eu escute, pois naquela época eu nao tocava Iron Maiden na flauta. Aliás, nao os conhecia ainda. Lembro de tocar Milton Nascimento, "Coracao de Estudante", e Geraldo Vandré "Pra Nao Dizer que Nao Falei das Flores", por exemplo, bem diferente do que eu costumo ouvir hoje no meu computador, o que nao faz delas belas músicas. Quantos piás de 10 ou 12 anos de idade, hoje, conhecem essas músicas e sabem de suas histórias? Nao entendo o motivo de terem tornado facultativo o ensino da música aos estudantes em nossas escolas! Aliás, entendo sim, mas nao os discutirei aqui.

Hmmmm.... anos 70, ditadura, governo militar, repressao, censura... ok! Eu disse que nao discutiria aqui sobre isso. :))

Estou escrevendo, agora publicamente, para saudar essa alteracao na Lei e para dizer que eu realmente acredito que a música contribui para a formacao de pessoas mais inteligentes, sensíveis e tolerantes e que através do conhecimento teórico e técnico as pessoas tornam-se melhores, mais completas, seja no aprendizado de um instrumento, nos exercícios de respiracao para uma aula de canto, ou na leitura de uma "simples" tablatura de violao ou uma pauta para tocar "A Barquinha Ligeirinha" na flauta doce, conforme escrevi, ontem, para minha tia, em um email de congratulacoes pelo seu esforco em manter uma escola de música e dedicao à mesma e agora, pelo reconhecimento do governo de que a música é sim, fundamental para o ensino e formacao das criancas brasileiras.

Educacao é tudo, e a música contribui, com certeza, para termos uma educacao mais completa e um país melhor.

* A Lei foi sancionada em 18 de agosto de 2008 e deu três anos para as escolas adaptarem seus currículos


ANO 116 Nº 158 - PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2011

O currículo já tem Música

Ensino de Música nas escolas é obrigatório a partir deste ano na Educação Básica em todo o país

Além de eficiente instrumento pedagógico, a Música promove a integração<br /><b>Crédito: </b> DIVULGAÇÃO / CP
Além de eficiente instrumento pedagógico, a Música promove a integração
Crédito: DIVULGAÇÃO / CP

A Educação Básica no país passa a ser orquestrada por um novo ritmo, a partir deste ano. As alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação tornaram obrigatório o Ensino de Música nessa fase escolar. A medida foi festejada pela mestre em Educação pela Ufrgs, com licenciatura em Música, Katia Renner. De acordo com a especialista, a música, além de ser excelente instrumento pedagógico que pode ser aplicado em todas áreas, promove a integração e rompe barreiras com diferentes pessoas. "Acredito que é um grande recurso de aprendizagem e desenvolvimento humano que não deveria ter sido retirado do currículo escolar", defendeu. Katia salientou que a Música articula muitos canais e promove diversas conexões, sendo um importante estímulo à inteligência.

Para ser desenvolvida, uma canção precisa do corpo e da mente do sujeito, explicou a docente, que coordena uma escola de Música na zona Sul da Capital. A instituição está se preparando para a capacitação de professores para a nova modalidade nas instituições de Ensino da rede pública. Katia ressaltou que a ideia é que os professores recebam uma formação e depois sejam multiplicadores desse conhecimento em suas escolas. "A música abarca o ser humano de forma integral - envolve percepção corporal, psicomotricidade, sensibilidade, criatividade, autoestima, entre outras habilidades", definiu. Ela também apontou o trabalho que vinha sendo desenvolvido nessa área junto à professora Esther Beyer, que faleceu no ano passado. Mestre em Educação pela Ufrgs e doutora em Psicologia da Educação pela Universidade de Hamburgo (Alemanha), Esther realizou uma ampla pesquisa sobre o desenvolvimento musical. Através de sua coordenação resultou o livro "Pedagogia da Música: Experiências de Apreciação Musical", publicado pela Editora Mediação. A obra visa auxiliar trabalhos pedagógicos em instituições de Ensino, destacou Katia, ao citar que também integrou esse projeto.

Outras informações e contato pelo e-mail katia.renner@terra.com.br

Um comentário:

  1. Olá Marcos! Foi também com muita satisfação que li a matéria publicada no Correio do Povo (07.03.2011) e como você, voltei ao meu passado. Anos 70, Colégio Cruzeiro do Sul, na Av.Arnaldo Bohrer, Teresópolis, onde estudei música fazendo parte do Coral da Escola. Bons tempos aqueles. Hoje, sou aposentada pela Secretaria da Justiça, voltei a estudar e me formei em 17.03.2010, em Educaçao Infantil pela Escola 1º de Maio, faço parte do Coral da Santa Casa de Porto Alegre e quero me especializar em música. E com certeza afirmo que: A Educação Clássica está há séculos de distância da Educação da Emoção. Não por culpa dos professores. Esses são heróis anônimos, pois a s salas de aula deixaram de ser um jardim e se transformaram num árido solo.A culpa está no sistema educacional que se arrasta por séculos, que raramente conhece e discute temas fundamentais, como gerenciar os pensamentos e navegar nas águas da emoção. Milhões de alunos cursam a Escola Clássica, mas não são preparados para Escola da Vida. A humanidade está adoecendo, pela solidão, pela falta de solidariedade, pela crise da falta de diálogo, pela incapacidade de contemplar o belo, pela vida estressante e pelo individualismo.Os alunos precisam ter uma auto-estima sólida. E, com certeza, através da música conseguiremos bons resultados. E temos de refletir para onde estamos caminhando e que tipo de homens estamos formando, pois: Crianças são como borboletas ao vento, algumas voam rápido, algumas voam pausadamente, mas todas voam do seu melhor jeito, cada uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial. Um grande abraço. Meu email é: sandrarscapra@yahoo.com.br

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